sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

QUAL SEU NÚMERO?
Talvez vocês já tenham visto o filme, com a super divertida Anna Faris e o maravilhoso Capitão América (Chris Evans), pelo menos foi assim que descobri o livro. Já havia assistido inúmeras vezes à comédia romântica, até que em uma das minhas visitas pelo sebo, encontrei a obra da Karyn Bosnak! Obviamente não resisti e comprei um para mim. A história gira em torno da busca de Delilah Darling, uma mulher solteira, de 29 anos, que se considera um tanto “fácil”, atrás de seus ex-namorados. Após ler um artigo em que a média de homens com que uma mulher vai para a cama durante a vida era metade da que ela, de fato, já havia ido, e que após esse número ela provavelmente não encontraria alguém para se casar, Delilah decide ir atrás dos seus antigos relacionamentos, afim de tentar reconquistar um deles. Ela sai, então, viajando pelos Estados Unidos, com pouco dinheiro que lhe sobra (pois, para ajudar na sua alegria, ela havia acabado de ser demitida do emprego), encontrando “por acaso” seus relacionamentos antigos. Só por aí já é possível imaginar as situações em que ela se mete (como por exemplo ter confundido interesse comercial com amoroso, por um desses vendedores de esquema pirâmide que andam super em alta agora kkkk). Durante sua procura, ela se aproxima de seu vizinho Colin, um irlandês mulherengo que a ajuda na “investigação” para que ela encontre seus ex-namorados, já que ele vem de uma família de detetives e tem as técnicas para a pesquisa – claramente ela não conta para ele o motivo real da busca.
Embora o filme siga o mesmo esquema, os encontros com os seus namorados antigos são completamente diferentes, assim como diversos outros detalhes do livro. Eu sou uma defensora da literatura, então com certeza direi que vale a pena ler o livro, sim! Hahaha. Embora eu ame o filme de paixão e me divirta todas as vezes que assisto (sim, porque eu já assisti mais 2 vezes depois que li o livro), durante a leitura sempre encontramos algumas reflexões, aquelas frases de impacto que nos fazem pensar um pouco mais sobre aquilo, que muitas vezes trazem algo em comum com o que estamos vivendo (eu sempre carrego um grifa-texto comigo para marcar essas partes que me tocam mais).
Eu li esse livro num momento não exatamente difícil da minha vida, porém em que eu estava precisando de distrações. Posso dizer que é aquele tipo de comédia romântica leve, que vai te fazer rir em muitas ocasiões, e que me fez perceber que as pessoas que temos na nossa vida que, pelas circunstâncias do dia a dia, acabam saindo dela (ou ao menos se afastando) podem não ser aquilo que a gente precisava, por mais que acreditemos nisso; me mostrou que às vezes é necessário abrir nossos horizontes para coisas novas e nos darmos a oportunidade.
Enfim, além de tudo isso, reflete ainda quanto ao preconceito que tantas pessoas possuem com essas mulheres tachadas como “fáceis” – sério, não preciso nem entrar em consideração quanto a isso, né? Qualquer homem (ou mulher) que se importe com esse tipo de coisa, não tem um cérebro que vale a pena ser conhecido.

Espero que leiam, ou pelo menos vejam o filme. Juro que vale a pena! Hahaha

Título: Qual Seu Número?
Autora: Karyn Bosnak
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 414 (a letra é grande, sério!).


segunda-feira, 22 de maio de 2017

DESVENTURAS EM SÉRIE
Quando eu estava no auge dos meus 11 anos, foi lançado o filme Desventuras em Série, com a espetacular atuação do Jim Carrey no papel de Conde Olaf. Estou certa de que, se você tem aproximadamente a minha idade, também ficou apaixonado pelo filme, produzido para o público jovem, com um ar bastante sombrio, raramente visto em filmes para essa faixa etária. Na história, é evidente a força dos 3 irmãos, Violet, Klaus e Sunny Baudelaire, que são apenas crianças, mas apresentam muito mais coragem e inteligência que qualquer adulto do filme.
Logo que descobri (aos 18 anos) que existia uma série de livros que deu origem ao filme, obviamente fiquei louca querendo comprar todos, contudo era extremamente difícil de encontrar, fosse em livrarias ou em sebos. 4 anos depois, meu fofo namorado me deu 3 dos livros da série de presente (volumes 7, 8 e 9, mal sabia ele que eram 13 livros ao todo e que deveriam ser lidos na ordem) e isso me incentivou a procurar novamente todos os volumes, sendo que finalmente consegui achar. Caso você se interesse, agora é muito mais fácil de encontrar, devido a Netflix (Deus abençoe a Netflix) ter produzido uma série de TV, até agora dos primeiros 5 livros (se não me engano, pois não assisti AINDA).
O livro é escrito por Daniel Handler, sob o pseudônimo de Lemony Snicket. Ele é um narrador bastante participativo no enredo, percebemos que sua história se envolve com a dos Baudelaire, 3 crianças muito ricas, que, logo no início do livro, recebem a notícia de que a ocorrência de um incêndio na sua casa resultou na morte dos seus pais. Assim, elas são enviadas aos cuidados de um novo tutor, o Conde Olaf, que tem como único interesse a fortuna Baudelaire. As crianças são maltratadas e, embora recorram à ajuda dos adultos, eles nunca conseguem fazer nada por elas, que precisam aprender a tomar conta delas mesmas – cada um com sua habilidade específica, Violet com suas invenções, Klaus com sua avidez por leitura e Sunny, com sua capacidade de morder as coisas (e nos últimos livros desenvolve novas aptidões). O Conde Olaf é tido como o vilão em todos os livros, não importando onde os jovens Baudelaire estejam, ele sempre conseguirá encontrá-los.
Todos os livros começam sendo dedicados à Beatrice, claramente uma mulher que Snicket gostava muito. Quanto aos primeiros 3 livros, que inspiraram o filme, são bastante envolventes, você consegue ler em 1 dia cada um. Depois disso, até o sexto volume, a história passa a ficar um pouco repetitiva, porém, assim que começamos a nos cansar, o autor consegue te envolver absurdamente, por passar a revelar pontos sobre uma sociedade secreta, a história do Conde Olaf e dos pais dos jovens Baudelaire, além de se incluir mais na história e citar muitas vezes a tal Beatrice. Isso faz você querer alcançar logo o 13o volume, mas Lemony Snicket só te joga mais e mais informações perdidas, que ficamos tentando decifrar. Enfim, eu fiquei lendo que nem uma louca, todos os dias sem parar, até conseguir finalizar a série, de tanto que eu queria entender a conexão entre os fatos.
O livro foi sim voltado para o público jovem, entretanto quem lê nota que há muitas passagens que passaram imperceptíveis às crianças, e apenas um adulto conseguiria entender. Você se pega muitas vezes voltando para ler algumas páginas, porque você nota que deixou algo passar. Eu indico com toda a certeza do mundo a leitura dessa série, mas peço por favor que não fiquem bravos comigo ao chegar ao final; já que – ATENÇÃO: O QUE VOU DIZER A PARTIR DAQUI PODE SER CONSIDERADO SPOILER (caso você seja doido igual uma amiga minha que gosta de ler as últimas linhas dos livros antes de iniciar a leitura, pode continuar a ler), lamento dizer, muitas informações são deixadas sem explicação. Mas prometo que você ficará surpreso no final mesmo assim.

Para acabar, pesquisando um pouco sobre a série, descobri um outro livro chamado “Lemony Snicket: Autobiografia não autorizada”, em que OUVI DIZER explica muitas coisas que foram deixadas em aberto nos 13 livros. Estou em processo de leitura desse volume no momento, e assim que finalizar conto aqui o que achei. Gostaria de já ter acabado antes de fazer esse post, mas é uma leitura bastante confusa e que exige atenção aos detalhes, por isso estou demorando tanto. Caso tenham se interessado e venham a ler me digam o que acharam! E perdão por um post tão longo, mas são treze livros, poxa! Hahaha.

Título: Desventuras em Série
Autor: Lemony Snicket
Editora: Cia das Letras
Número de Volumes: 13 (3046 páginas).

Mau começo
A sala dos répteis
O lago das sanguessugas
Serraria baixo-astral
Inferno no colégio interno
O elevador ersatz
A cidade sinistra dos corvos
O hospital hostil
O espetáculo carnívoro
O escorregador de gelo
A gruta gorgônea
O penúltimo perigo
O fim

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO 
Tendo sua primeira versão escrita em dois dias e meio, segundo o autor John Boyne (coincidentemente o mesmo tempo que levei para ler o livro – algumas pessoas sabem usar bem o tempo que têm), O Menino do Pijama Listrado conta a história de Bruno, um garoto que descobre que terá de se mudar de Berlin, devido ao emprego de seu pai, que ele não sabe bem dizer o que é. Aos poucos você percebe que a história se passa na Alemanha nazista, e se surpreende em como um livro que parecia tão leve pode carregar uma narrativa tão pesada. (Nesse ponto acho que o autor deveria ter feito como Lemony Snicket, em Desventuras em Série, e já ter avisado que deveríamos parar de lê-lo – inclusive essa série será tratada no blog em breve).
Ao chegar em sua casa nova, a qual Bruno detestou logo de cara, o menino passa por situações que ele simplesmente não entende, ditas de formas sutis, e não passam despercebidas pelo leitor (que conheça ao menos pouco de História Mundial). Seguindo conselhos que lhe foram dados, o garoto resolve explorar o terreno onde mora, algo que gostava muito de fazer em Berlin, e ainda não havia feito nesse local que o entediava. Ele vai em direção a uma cerca que havia notado no dia que chegara à nova moradia, a qual não tinha ideia do que guardava. Fazendo isso, ele encontra um menino da mesma idade que a sua, no entanto que mora do outro lado da cerca.
Aqui eu paro de contar o que acontece, e deixo que descubra por você mesmo. Boyne escreveu um livro curto, porém que conta uma narrativa longa. Cheio de eventos, que parecem demorar a acontecer, mas que por abordar um assunto bastante envolvente, não te deixa entediado. Eu, particularmente, embora saiba que o período no qual a trama se passa seja provavelmente o mais terrível de toda a História da humanidade, aprecio muitos livros que tratam desse tempo, que em geral são comoventes (como A Menina que Roubava Livros, outro que pretendo comentar aqui no blog).
O final é extremamente inesperado, e, apesar de falar que não deveriam lê-lo, vocês deveriam ler sim. Mas já aviso que será devastador. E não pense de modo algum que o filme é capaz de substituir esse livro. A forma como a história é abordada no papel supera absurdamente a adaptação cinematográfica, apesar de a produção também ter sido de bastante qualidade. E você vai acabar levando o mesmo tempo do filme para ler o livro de qualquer jeito.

Título: O menino do pijama listrado
Autor: John Boyne
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 186.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

SIMPLESMENTE ACONTECE
         Um dia desses, dando uma volta (proibida, já que nunca tenho dinheiro sobrando) pela livraria, me deparei com esse livro pela metade do preço. Não sou do tipo que presto muita atenção à capa, então fui direto lendo a contracapa (para ver se a história me interessava). Percebi que era aquele tipo de comédia romântica, uma leitura leve, que às vezes pode ser tudo o que precisamos para relaxar. Esperava uma narrativa óbvia, mas acabou me surpreendendo.
         O livro tem como protagonistas Rosie e Alex, amigos desde a infância e que percebem em tempos diferentes que o que sentem um pelo outro é mais do que amiziade. No entanto, os acasos da vida sempre os fazem se desencontrar. Sempre mesmo. Quando você finalmente acredita que eles vão ficar juntos, algum imprevisto acontece; chega um momento em que você pensa de onde a autora, Cecelia Ahern, conseguiu tirar tantos impedimentos à união do casal e você passa a duvidar se um dia eles irão mesmo conseguir ficar juntos. Contudo, o mais interessante é que a narrativa é inteira realizada em forma de cartas, ou e-mails, SMS, mensagens instatâneas… Enfim, entre os diversos personagens, e, dessa forma, algumas coisas ficam apenas subentendidas, tanto que em certas partes você precisa voltar e reler, para ver se não deixou nada passar despercebido.
         Logo no início da leitura você já se sente envolvido e é surpreendido por um acontecimento que mudará tudo o que parecia estar tendo um rumo certo. Eu não conseguia largar o livro, porque todas as vezes em que algo novo acontecia, eu precisava saber como iria se resolver – e isso virava um ciclo vicioso. Eu ficava nervosa junto com a personagem, ficava ansiosa, chorava… E parecia que não haveria fim. Quando finalmente acabei o livro (três dias depois de começar), fui pesquisar um pouco sobre ele (faço isso com tudo o que acabo de ler/assistir) e descobri que uma semana depois lançaria o filme no cinema. Sim. Uma semana depois. E o trailer parecia muito bom. Foi então que li na capa: “o livro que deu origem ao filme” (acho que preciso começar a dar um pouco de atenção à capa do livro também).
         Preciso, então, falar um pouco sobre o filme. A história foi alterada em várias partes, além ocorrer em 20 anos, enquanto o livro se passa em 40. Alguns acontecimentos são completamente diferentes do livro, entretanto, não deixou a desejar nem um pouco. Extremamente bem escrito, com atores sensacionais (Lily Collins, no papel de Rosie, e Sam Claflin (Como eu era antes de você) no papel de Alex), que apresentaram uma sintonia incrível, o filme ficou bastante engraçado e passou todas as emoções do livro, não deixando o leitor consternado com as alterações (geralmente eu fico revoltada quando mudam qualquer coisa). Ainda assim, vale e MUITO a pena conferir o livro. Caso não tenha assistido ainda, indico ler antes.  
         Concluindo, é uma leitura deliciosa, que vai fazer você rir, chorar, ficar nervoso e não querer largar até o final. E depois ainda vai ter um filme de qualidade se surpreender com os novos acontecimentos, diferentes do livro.

Título: Simplesmente Acontece
Autor: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 448

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

GAROTA EXEMPLAR - para começar.

Livros são uma das minhas paixões desde que aprendi a ler e escrever. Muitas vezes, com as exigências do dia a dia, acabamos deixando de lado atividades que nos dão prazer, o que nos torna ainda mais cansados. Em um desses dias de estresse, me indicaram começar algo que eu realmente sentisse vontade de fazer, por isso resolvi, após muito tempo adiando, finalmente criar um blog sobre livros – assim posso compartilhar minha visão sobre o que leio, e quem sabe não consigo incentivar outros a desenvolverem um gosto pela leitura também!
         Para começar, escolhi um livro que sempre tive vontade de ler e ganhei de presente em 2015 (ganhar livros é ainda mais gostoso que comprar), mas acabei fazendo a besteira de postar uma foto no instagram, agradecendo – já que eu estava super empolgada – no entanto, também acabei ganhando spoiler de gente sem noção nos comentários da foto. FICA AQUI O PRIMEIRO APRENDIZADO: não postar foto dos seus livros antes de lê-los. Enfim, o livro que escolhi é Garota Exemplar. Caso você já tenha lido, deixe aqui sua opinião. Se você viu apenas o filme, vale muito a pena ler o livro. E para aqueles que nem leram o livro e nem viram o filme, aqui vai minha visão.
         Garota Exemplar é um romance escrito por Gillian Flynn, anteriormente jornalista e agora escritora em tempo integral – o que deveriamos agradecer! O evento principal é o desaparecimento de Amy Dunne. No seu quinto aniversário de casamento, o marido de Amy, Nick, chega em casa do trabalho e encontra sua sala virada de cabeça para baixo, sem sinal de sua esposa. Ele liga para a polícia imediatamente, no entanto, assim que o diário de Amy é encontrado, todas as suspeitas caem em cima dele. As investigações começam a mostrar que o discurso de Nick diverge do que está escrito no diário, e, embora você nao queira aceitar que Nick foi o causador do sumiço de Amy, todos os fatos indicam que ele é.
         Esse é aquele tipo de livro que leva você a pensar, fazendo com que perca a noção do tempo e não consiga largar a leitura até descobrir o que aconteceu! É escrito de forma intrigante, alternando entre as visões de Nick e Amy, que leva a gente a agir como detetives, seguindo as pistas que são sutilmente fornecidas. Raramente encontramos um livro assim, em que as coisas acontecem rapidamente e o que nós queremos descobrir é revelado no meio da história, mas ainda assim a autora é capaz de nos manter interessados, uma vez que simplesmente precisamos saber o que vai acontecer no final de tudo. Eu sou a prova viva disso, visto que li o livro em dois dias (em meio a época de aulas) e há 446 páginas.

         Mesmo se você não for uma pessoa muito afim de leitura, eu não teria um livro melhor para recomendar para começar. Tenho certeza que a ecentricidade dele irá fazer você perceber que ler pode ser uma aventura.


Título: Garota Exemplar
Autor: Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 446